30 de out. de 2006

Pra não dizer que não falei de flores...

Olá, pessoal.
Uma boa semana pós-urnas a todos nós!

Não imaginava discutir política aqui, mas assim como se respira, se pensa e se vive em comunidade, entender a política faz parte de nossas vidas e não me parece inteligente tentar ignorá-la. Então comentarei a seguir duas coisas interessante sobre a mentalidade brasileira me chamaram a atenção nessa reta final das eleições:

A primeira é a incrível distorção do senso de coletividade de tantos, dos quais ouvi palavras do tipo "votei em FULANO porque seu governo trará benefícios PRA MIM". Será que isso é o que queremos chamar de democracia? Isso é o poder que emana do povo PARA O POVO? Perguntar não ofende, é só pra pensar...

A segunda é o comportamento de um grupo frustrado, que num rompante de birra e desrespeito à vitória da maioria vem falar de golpe militar e insanidades semelhantes. Ora, o Brasil precisa de outra ditadura? Essas pessoas não conhecem nossa história ou a de outros países que passaram por coisa semelhante? Não sabem o preço a pagar por esses desejos mesquinhos, que ignoram a vontade do povo expressa nas urnas e a ação da justiça, caso seja realmente o caso de encontrarem provas que desabonem aqueles que estão no poder? Deviam lembrar-se (se é que um dia conheceram) aquele povo brasileiro, nossos pais, tios e avós, que deram sua cara a tapa e até suas vidas defendendo nossa nação da tirania de um regime ditatorial, pois entendiam que até escolher errado é melhor do que perder o direito de escolha! Sim, escolher é um processo didático, e também na política esse processo deve respeitar suas normas. Vale repensar que o Brasil é uma criança nessas coisas, e em tantas outras também. Um país que tem pouco mais de 500 anos, viveu experiências sofríveis, ora sob o imperialismo colonialista, ora sob militares tiranos, intolerantes e assassinos, e que acaba de eleger seu 5° presidente por voto livre direto, não pode achar que está no auge de sua maturidade política - longe disso, diga-se de passagem! Mas esse status fica num trecho da estrada muito mais à frente, e querer dar passos maiores que as pernas certamente causará um desgaste bem pior.

Eu quero um Brasil melhor como tantos outros brasileiros, mas não ao custo de uma insanidade desnecessária. E posso até ficar "louco" mas desde que haja justificativa pra isso. Até lá, prezo pela manutenção da democracia, pois ainda que gere maus resultados imediatos gerará também um aprendizado, algo que definitivamente devemos adquirir.

Continuo prezando pela justiça e pela verdade, e à medida que a verdade for trazida à tona - dever de todos nós lutarmos por isso! - que lutemos também pra que a justiça seja feita. E que possamos dar tempo ao tempo, com cabeça fria e antenas ligadas, pois nada como um dia após o outro pra mostrar o valor de nossas decisões.

Abraços a todos, e vamos ficar de olho.

K!

Nenhum comentário: